segunda-feira, 13 de abril de 2009

A Televisão como prestadora de serviço social

Desde sua invenção no século XIX, a TV desperta interesse e fascínio em seus telespectadores. A necessidade da comunicação através de imagens é um ponto fundamental da natureza humana. Um exemplo dessa comunicação visual são as pinturas rupestres deixadas nas paredes das cavernas por nossos ancestrais.

A mídia televisa propõem uma forma de cominucação diferenciada, que une informação e entretenimento, tem por objetivo formar opiniões, críticas que questionem a realidade vivida e informações prontas para usufruto dos consumidores televisivos.

Seguindo uma via de rolamento contrária a este pensamento de televisão como facilitadora no processo de comunicação á quem afirme que a TV gera telespectadores passivos, que se encantam com o mundo fictício apresentado nas telas e esquece os problemas do mundo real.
É o caso de Peixoto que em sua obra Paisagens urbanas descreve: "A televisão contrapõe-se radicalmente à contemplação. Em primeiro lugar porque na TV a imagem passa por frações de segundo, sem exigir do observador a distância que convencionalmente requer um quadro ou uma paisagem. Assistimos à TV com uma atenção dispersa, sem concentração, apenas deixando que aquele fluxo ininterrupto nos atravesse." (Peixoto, 1996, p. 180)
Mas, ao seguir essa linha de raciocínio perde-se o contexto de televisão como mediadora entre a informação e o público massivo.

Alvo de muitas críticas por formadores de opiniões a teledramaturgia apresentada pela televisão brasileira é de primeira qualidade, mesmo que por razões de mercado a iniciativa cultural inserida em seu contexto é muito forte. Mesmo que se trate de ficção, a teledramaturgia representa uma variável importante no contexto social quando aborda assuntos polêmicos relacionados ao cotidiano da sociedade, como descriminação racial, homossexualismo, violência doméstica, estupro, ou corrupção. Neste contexto se percebe também que campanhas lançadas por estas obras contribuem para o benefício de muitas causas que em outro espaço não teriam tanta repercussão.

Situações como essas são realidade em nosso cotidiano, não se pode simplesmente aplicar a terapia do “se ouve e se vê”, ou seja, se ouve o que quer e se vê o que lhe convém. Os exemplos de programação citados, não são parâmetros de qualidade absoluta, ou verdade incontestável, são paralelos para absorção de conhecimento e informação.

O foco é a televisão como formadora social e os seus determinantes reflexivos. A Televisão não é uma máquina de manipulação de mentes, ou algo que rege as regras da sociedade. A mídia televisiva exerce grande poder sobre a massa por transmitir ideologias, trabalhar com imagens e sensações, integrar todas as regiões do país apesar de suas diferenças culturais e econômicas.
Como todo meio de comunicação em massa tem seu lado bom, e seu lado ruim. A análise crítica sobre o que é transmitido por este veículo, cabe á cada pessoa unicamente afinal," Somos todos iguais, porém diferentes".

Keli Wolinger.