“Um excelente chefe de cozinha poderá ser formado numa faculdade de culinária, o que não legitima estarmos a exigir que toda e qualquer refeição seja feita por profissional registrado mediante diploma de curso superior nessa área”
CONCORDO PLENAMENTE! Mas e o que isso tudo isso tem haver com os jornalistas?! Nós não usamos uma colher para escrever, usamos nosso cérebro. Mas é claro, nosso “esclarecidíssimo” presidente do STF, deve estar querendo dizer que tal como os cozinheiros não diplomados que às vezes descobrem que querem mexer com comida ao ver a mamãe cozinhar do lado da pia, os jornalistas descobrem que vão escrever para o “Folha de São Paulo” ainda na infância, quando lêem Turma da Mônica. E agora apenas isso já é suficiente! Em quinze anos as manchetes dos jornais terão os “érres” trocados pelos “éles”.
Mas mesmo assim... Me fizeram um grande favor. E olha só QUEM foi que me ajudou. Nossos caríssimos ministros!!! Eles me deram um carro de presente, ou quem sabe uma pequena casinha. Minha faculdade iria me custar em torno de uns trinta mil reais, mas... Por que eu vou fazer faculdade!?!?!? Eu quero ser um jornalista. Eu não preciso disso, afinal não vão mais me exigir um diploma para eu escrever em um jornal. Quem disse que se precisa estudar para escrever? É óbvio que não. Quem disse que precisamos aprender sobre ética jornalística? Ou nosso respeito para com nossas fontes?! Nãããão, agora nós temos nossos próprios pacotinhos de “miojo” em qualquer esquina. Basta você entregar uma caneta e um papel para um indivíduo aleatório e pronto! Em três minutos temos a coluna de economia da segunda feira. Muuuuuuito mais barato! (claro que sem o mesmo valor nutritivo.)
Diogo S.Campos
