quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Lei de imprensa argentina e o Brasil quando menos é mais

A lei de imprensa que desagradou muitos jornalistas na Argentina e a outros tantos no Brasil, consiste em “antimonopolizar” os meios de comunicação no país.

A nova lei prevê “entre outras coisas, que uma mesma empresa não pode possuir canais de TV aberta e a cabo, também reduz de 24 para dez o limite das concessões de rádio e TV em mãos de um mesmo proprietário e cria uma entidade de supervisão das comunicações, com a presença da sociedade civil e do governo.”

As novas diretrizes adotada no país “hermano” substitui as normas vigentes desde o do período ditatorial de 1976 e 1983.
Por que essa aprovação da lei na Argentina causou tanto estardalhaço no Brasil? O que aconteceria em nosso país se uma norma como essa fosse aprovada? A discussão segue por vias de mão dupla. De um lado trafegam os interesses econômicos e de auto preservação dos veículos que detém as informações, do outro ainda que na contramão a importância do público em receber conteúdo de qualidade.
Muito se discute sobre os direitos de uma imprensa livre, que dá vez e voz a todos, mas a imparcialidade não existe. É nítido o posicionamento dos meios vigentes e o pluralismo há muito caiu por terra.
A aprovação da nova lei de imprensa Argentina, assustou não o povo e sim os chefões, os grandes detentores do poder da comunicação que foram pegos de surpresa enquanto estavam “alisando as barbas do profeta” em busca de uma nova concessão.

Keli Wolinger