terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lua Nova bate recorde de bilheteria e entra para os melhores da história – Porque o romance entre um vampiro e uma mortal faz tanto sucesso?


Um amor impossível, a luta do bem contra o mal e as desilusões da essência humana estes são alguns dos fatores encontrados nas histórias de Stephenie Meyer, mas porque afinal elas fazem tanto sucesso?

Não sou uma fã incondicional da saga Crepúsculo, já li todos os livros inclusive o manuscrito que vazou na internet e ainda assim não consigo entender o que causou tamanha histeria na história dos vampiros.

A leitura é simples e diria agradável Romeu e Julieta, do século XXI com a diferença é claro de que o protagonista é um vampiro vegetariano.

O que arrebatou o coração de todos os adolescentes e da maioria dos jovens a meu ver é o fato da procura da sua identidade (os personagens fazem isso o tempo todo), essa busca incessante pela felicidade incondicional, o amor maior e acima de todas as coisas. Talvez esse tenha sido o fio condutor para o sucesso dos livros e dos filmes.Pode não parecer , mas todos buscam essa forma desenfreada de viver a felicidade plena.
Ao decorrer da história os protagonistas nada fazem além de abdicar de suas “vidas”, um em função do outro, a máxima é eu sofro para te ver feliz. Ou seja, um romance digno de Shakespeare.
Ao ser adaptado para o cinema simplesmente houve uma castração aos personagens. Entenda-se que nenhuma adaptação de livros para as telonas é totalmente fiel a obra salvo raras exceções. Fui assistir - Lua Nova – ao término do filme fiquei com aquela sensação de tá é só isso? Um filme que arrecadou US$ 140,7 milhões em seus três primeiros dias em cartaz poderia ser pelo menos fiel a obra o que não ocorreu. Cenas soltas e diálogos incompreensíveis para quem não leu o livro deixaram o filme vago.

Atores mundialmente reconhecidos por seu talento estavam mudos, estáticos como peças de museu em que lugar ficou a fantasia dos contos de fadas de Stephenie Meyer? O elemento X do sucesso. O que se viu no cinema foi um romance açucarado quase intragável, que mesmo que a classificação indicativa do filme seja 12 anos, até mesmo Shrek ousou mais.
Com um orçamento desses por que não se igualar a produções como O Senhor dos Anéis, que seguiu o mais próximo do livro se tornou longo, mas o público não se importou como tempo eles queriam qualidade e foi isso que tiveram.

Antes que fãs enlouquecidos deixem comentários querendo minha cabeça em uma bandeja deixo claro não critico à série Crepúsculo, somente não vejo motivos para tanto frenesi.

Lua Nova não é nem de perto uma mega produção é um filme mediano.

Eu prefiro Lestat a Edward Cullen.

Keli wolinger